tempo
de perceber
o bom
[e o bem]
que está
e sempre esteve
aqui
para quem tem
olhos de ver
nariz
ouvidos de ouvir
boca
pele de tocar
alma
de saber
[o que]
agradecer
.
.
31 dezembro 2009
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DA GENTE
a. c h u v a .c h o v e
o. s o l. l u z
o .v e n t o. v e n t a
o. h u m a n o. h u m a n i z a
?
o .g e l o. g e l a
o. v e r d e. v e r d e j a
o. r i o. f l u i
o. s o l. l u z
o .v e n t o. v e n t a
o. h u m a n o. h u m a n i z a
?
o .g e l o. g e l a
o. v e r d e. v e r d e j a
o. r i o. f l u i
18 dezembro 2009
NATUREZA
se chove iii
ventando aaa
se esquenta ooo
brilhando eee
se esfria uuu
.
enquanto ela
apenas é
e não está nem aí
pras nossas vogais
.
13 dezembro 2009
r e n a S c E R
verticalmente a partir do centro,
e depois se inclina,
a palmeira é mais alta,
equilibrada e profunda.
acolhe pássaros,
e depois se inclina,
a palmeira é mais alta,
equilibrada e profunda.
acolhe pássaros,
dá frutos, ar e sombra;
pende ao vento,
mas renasce e cresce,
em cada folha,
a partir do próprio centro.
.
.
pende ao vento,
mas renasce e cresce,
em cada folha,
a partir do próprio centro.
.
.
09 dezembro 2009
AGORAQUI *
nascemos na hora em que se nasce
[inventamos então o tempo e penduramos a vida na folhinha]
choramos no lugar onde se chora
[inventamos então o presente de aniversário e o passado embalsamado]
comemos na hora em que se come
[inventamos então a miséria e nos preparamos para o futuro]
gritamos no lugar onde se grita
[inventamos então a pólvora e caçamos lebres na primavera]
paramos na hora em que se para
[inventamos então as ampulhetas e os big bens]
compramos no lugar onde se compra
[inventamos então as coisas e os desejos em série]
amamos na hora em que se ama
[inventamos então os pesticidas para lagartas, borboletas e margaridas]
e rezamos no lugar onde se reza
pecamos na hora em que se peca
dançamos no lugar onde se dança
juramos na hora em que se jura
esquecemos no lugar onde se esquece
e traímos na hora em que se trai
e, então, morremos na hora em que se morre:
paramos a roda imaginária
criamos um sentido mais sentido
vivemos o eterno agora
universo aqui
big bang já
e nascemos na hora em que se nasce
[inventamos então o tempo e penduramos a vida na folhinha]
choramos no lugar onde se chora
[inventamos então o presente de aniversário e o passado embalsamado]
comemos na hora em que se come
[inventamos então a miséria e nos preparamos para o futuro]
gritamos no lugar onde se grita
[inventamos então a pólvora e caçamos lebres na primavera]
paramos na hora em que se para
[inventamos então as ampulhetas e os big bens]
compramos no lugar onde se compra
[inventamos então as coisas e os desejos em série]
amamos na hora em que se ama
[inventamos então os pesticidas para lagartas, borboletas e margaridas]
e rezamos no lugar onde se reza
pecamos na hora em que se peca
dançamos no lugar onde se dança
juramos na hora em que se jura
esquecemos no lugar onde se esquece
e traímos na hora em que se trai
e, então, morremos na hora em que se morre:
paramos a roda imaginária
criamos um sentido mais sentido
vivemos o eterno agora
universo aqui
big bang já
e nascemos na hora em que se nasce
[*] Breve releitura do poema "Sentido", do livro "Ao Coração da Coxilha Rica.
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