23 janeiro 2010

tu, NÃO

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pela deificação do mestre a igreja transforma compaixão em autopiedade* e consagra a impossibilidade como caminho.
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[*] quando “eles não sabem o que fazem”, e “não são dignos que se entre em sua morada”...                                                                                                                   vide TAO*

Um comentário:

rosana disse...

"Vejo a compaixão budista como fruto da extinção do eu, ou, pelo menos, como a compreensão de que o outro nada mais é do que eu mesmo. Aquele homem deitado na calçada, com fome, sou eu. Eu não percebo isto porque me sinto separado. E sinto-me separado porque estou iludido comigo mesmo, pensando que minha ilusão de personalidade é sólida e permanente.
Porém, no momento em que percebo que entre todos os seres não há distância, surge a compaixão perfeita. Compaixão não é pena. Pena implica um eu que olha o outro sofrendo e se apieda; compaixão é muito mais que isto, pois significa identidade universal e não individual."

Monge Genshô
Centro Zen-budista-Florianópolis